quinta-feira, 17 de maio de 2007

Parabéns - Esc. Sec. Miranda do Douro.

Parabéns!!

Uma Equipa da Escola Secundária de Miranda do Douro acaba de ser uma das Vencedoras do Concurso PT ESCOLAS.

Miranda do Douro passa a ter uma das escolas do Futuro, a bem do desenvolvimento do Planalto Mirandês.

sábado, 12 de maio de 2007

Histórias - "Teixugueiro..."

Havia um rapaz, que tinha a alcunha de "J.. Grande", que um dia foi ajudar um vizinho a rachar uns toros de freixo. Como os toros eram grossos, o Homem foi buscar pólvora, e com um trado fazia buracos nos paus, que depois carregava com pólvora e rebentava os toros.

"J... Grande" viu o efeito que a pólvora fazia e resolveu guardar alguma, numa caixa de serilhos que trazia no bolso.

No dia seguinte, como era hábito, foi com as vacas para um sitio chamado Teixugueiro. Quando ía ao fundo da Aldeia, encontrou um homem que lhe perguntou:

- Então, para onde vais hoje?

- Vou rebentar o teixugueiro. - Respondeu convicto.

- Tem juízo rapaz! - disse-lhe o homem.

Mas ele não fez caso. Seguiu para o lameiro com as vacas, quando lá chegou abriu o buqueiro, deixou as vacas entrar e dirigiu-se para uma borda onde havia uns buracos dos ratos e acendeu uma fogueira.
A meio da manhã pegou na caixa de fósforos que tinha a pólvora meteu-a num buraco dos ratos e colocou lá um tição, para fazer rebentar a caixa. Mas nada aconteceu, a pólvora estava húmida. Lembrou-se então de colocar a gorra na frente dos olhos e soprar o tição, bem o pensou melhor o fez, enquanto soprava a pólvora explode!

Ficou então com a cara na zona da barba, toda queimada, depressa correu para casa.

Quando chegou de novo ao fundo da aldeia voltou a encontrar o mesmo homem, que lhe disse:

- Ah! Meu tonto, ias rebentar o Teixugueiro, e ele quase rebentava contigo!

Lá foi o rapaz a correr para casa para lhe fazerem um curativo, e muito gozado foi nos tempos seguintes...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Histórias - "Merecia, mas ..."

Havia em Caçarelhos um cantoneiro, da Câmara Municipal de Vimioso, que era responsável pela manutenção da estrada entre Caçarelhos e Angueira. Era frequente, senão habitual verificar o estado de maturação das melhores uvas, nas vinhas que rodeiam a Estrada.

Ora um belo dia, depois de almoço resolveu obter uma sobremesa gratuíta, se bem o pensou melhor o fez!

Entrou na vinha que tinha as melhores uvas, escolheu uma parreira de uvas "roquete" e deitou ao toro, para não ser visto. Não se apercebendo que o dono estava no fundo da vinha, este apressou-se a apanhar uma pedra e atirou-lhe uma "lapada"* certeira.

O cantoneiro, levanta-se à pressa e exclama:

- Foda-se! Merecia-as mas com tanta força não, Caralho...

* - Pedrada

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Histórias - "Multidão"

Em Caçarelhos o uso de alcunhas é frequente, houve em tempos algumas pessoas cuja alcunha era um número, 100, 18 e 40 (já nosso conhecido do post anterior).

Ora o ti "18" era muito brincalhão e sarcástico, ao contrário do ti "40", brincava frequentemente com a sua própria alcunha.

Um belo dia encontrou-se no Reta la rama, com o Ti "40" e um pouco distante andava a escavar um homem a quem chamavam o "100".

Ti "18" sabendo do feitio do Ti "40" não perdeu a oportunidade:

- Ó chico, chamou ele.
- O que foi? respondeu Ti "40" meio desconfiado.
- Já viste quanta gente anda hoje aqui? perguntou o Ti"18".
- Não somos muitos, somos só 3. Respondeu o Ti "40".
- Ora conta lá bem, disse o Ti "18", aqui 18, aí 40 e além 100.

Ti "40" meteu a viola no saco e lá foi à sua vida, bufando...

terça-feira, 1 de maio de 2007

Histórias - "De hoje em um ano..."

Nos anos sessenta do século XX, havia em Caçarelhos um homem a quem chamavam "40". O Ti "40", irritava-se solenemente quando o chamavam pela alcunha. Eram frequentes as brigas e cada vez que ouvia:

- Oh, 40!

Logo retorquia com um chorrilo de insultos:

- Vai-te foder, filho da puta, etc, etc...

Sendo um lavrador remediado, juntava muita gente nos trabalhos agrícolas, mas ninguém ousava pronunciar a palavra. Num dia de trilha, em que tudo tinha corrido bem e colheita tinha sido farta, encontravam todos os trabalhadores à mesa, incluindo um grupo de rapazes que cochichavam entre si:

- Tenho de arranjar maneira de lhe chamar 40, dizia um rapaz.
- Tás louco, respondiam os outros, ele prega-te com um estadulho nas costas!
- Eu consigo, responde o rapaz, querem apostar?

Nisto levanta-se o Ti "40" já meio ébrio, ergue o copo e exclama:

- De hoje em um ano, corra pelo mesmo cano...
- Haja saúde! respondem os trabalhadores.

Levanta-se o rapaz, deixando os outros muito aflitos, ergue o copo e diz:

- Ti Chico, de hoje em vinte, dezanove e um!*
- Si, home, si ... responde o dono da casa todo feliz.

* - façam a soma!